Expectativas para o Mercado de Geotecnologias e Georreferenciamento em 2025 no Brasil
Blog AnáliseGeo, 07/01/2025
O mercado de geotecnologias e georreferenciamento promete ser um dos grandes protagonistas no cenário econômico e tecnológico do Brasil em 2025. Com a consolidação de iniciativas voltadas à certificação de imóveis rurais, regularização fundiária urbana (Reurb), avanços no uso de drones agrícolas, inteligência artificial (IA) e cidades inteligentes, o setor tem apresentado um crescimento contínuo. Esses avanços vêm acompanhados de desafios regulatórios e de capacitação, fundamentais para o fortalecimento da área.
Certificação de Imóveis Rurais: O Último Prazo
O georreferenciamento de imóveis rurais junto ao Incra terá um marco importante em 20 de novembro de 2025, quando passará a ser obrigatório para todos os imóveis rurais do país. Essa exigência legal é resultado de um esforço gradual de regularização fundiária que visa garantir segurança jurídica, combater conflitos agrários e estimular a sustentabilidade no uso do território rural brasileiro.
Segundo o engenheiro cartógrafo Miguel Neto, “o mercado de georreferenciamento é diretamente influenciado pela dinâmica econômica no Brasil e no mundo, mas é importante que os profissionais se preparem para o vencimento do último prazo para certificação de imóveis. Esse marco vai acelerar significativamente a demanda por serviços de georreferenciamento, criando oportunidades para engenheiros, técnicos e empresas especializadas”.
A necessidade de adaptação às exigências técnicas e legais também demanda maior qualificação dos profissionais, bem como o investimento em tecnologias que aumentem a produtividade, como drones e softwares de modelagem 3D.
Reurb e o Georreferenciamento Urbano
O mercado de regularização fundiária urbana (Reurb) ganha força à medida que os municípios buscam ampliar suas receitas, principalmente com a recomposição de suas contas. A regularização de imóveis urbanos por meio do georreferenciamento é uma ferramenta estratégica para ampliar a base tributária, garantindo arrecadação adicional com IPTU e outras taxas municipais.
Além disso, a integração de geotecnologias aos processos de planejamento urbano se torna essencial para o desenvolvimento de cidades mais inteligentes. Soluções como geoprocessamento avançado e análises espaciais, apoiadas por IA, já têm sido adotadas para otimizar o uso do espaço, melhorar a mobilidade urbana e aumentar a eficiência no uso de recursos públicos.
Drones: Tendência Consolidada no Agronegócio
O uso de drones no setor agrícola segue em alta, consolidando-se como uma ferramenta indispensável para monitoramento de safras, análise de solo e aplicação precisa de insumos. As vantagens incluem redução de custos, aumento da produtividade e sustentabilidade ambiental.
Em 2025, espera-se que o avanço nas regulamentações sobre o uso de drones no Brasil e a popularização de modelos acessíveis impulsionem ainda mais essa tecnologia. Além disso, a integração de drones com inteligência artificial para processamento de dados em tempo real deve transformar a forma como informações geoespaciais são utilizadas no agronegócio e na gestão de propriedades rurais.
Inteligência Artificial e Cidades Inteligentes
A inteligência artificial (IA) continuará a revolucionar o mercado de geotecnologias, proporcionando análises preditivas mais precisas e automação de processos complexos. No contexto das cidades inteligentes, a IA já é aplicada em sistemas de monitoramento ambiental, gestão de trânsito e segurança pública, mas sua expansão para áreas como gestão de crises e planejamento urbano integrado ainda está em ascensão.
Com o aumento do interesse por soluções de cidades inteligentes no Brasil, especialmente em grandes centros urbanos, o mercado de geotecnologias tem a oportunidade de se posicionar como um dos pilares para projetos sustentáveis e eficientes.
Em Resumo
O setor de geotecnologias e georreferenciamento vive um momento de transformação e expansão. A obrigatoriedade da certificação de imóveis rurais, a regularização urbana por meio do Reurb, e a consolidação de tecnologias como drones e inteligência artificial refletem não apenas demandas legais, mas também tendências globais de inovação.
Profissionais e empresas que estiverem preparados para essas mudanças e investirem em capacitação e tecnologia terão uma vantagem competitiva significativa em um mercado cada vez mais dinâmico e promissor.
Por fim, como destacou Miguel Neto, “o contexto econômico global e local impacta diretamente o setor de georreferenciamento, mas as oportunidades são inegáveis, especialmente em um país com dimensões continentais e diversidade de usos do solo como o Brasil”. A chave será acompanhar as demandas e adaptar-se às novas realidades.
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